Maior festival de animação da América Latina, o Anima Mundi chega a São Paulo nesta quarta-feira (23) para ficar na cidade por apenas cinco dias. A programação é a mesma já apresentada no Rio de Janeiro, com 441 filmes vindos de 42 países diferentes, mas exigirá dos fãs uma programação mais caprichada, já que há muito de bom para se ver em pouco tempo.
Neste ano, a maratona terá forte representação nacional, com 74 filmes de animadores brasileiros, incluindo os novos trabalhos de Alê Abreu, (de “Garoto cósmico”), Allan Sieber (de “Deus é pai”) e Carlos Eduardo Nogueira (de “Yansan”). Entre os brasileiros, há também o inédito “Belowars”, que está no seleto grupo dos longas-metragens em competição. O novo trabalho de Paulo Munhoz, criador de “Brichos”, é baseado no livro infanto-juvenil “Guerra dentro da gente”, de Paulo Leminski.
Além de Munhoz, outros três longas disputam o principal prêmio do Anima Mundi. A primeira delas é “Princess”, - foto - de Angers Morgenthaler, que foi aplaudido na Quinzena dos Criadores do último Festival de Cannes e vem atraindo encanto e polêmica na mesma medida, por onde passa. O filme dinamarquês conta a história de um padre que se vê obrigado a adotar sua sobrinha de cinco anos, que ficou órfã. Detalhe: a mãe da criança era uma atriz pornô.
Está também na disputa a superprodução épica “Delgo”, dos americanos Marc F. Adler e Jason Maurer, dublada por Val Kilmer, e “Idiots and angels”, do veterano Bill Plympton, também dos EUA. Plympton, que já é figurinha assídua do festival, concorre com uma comédia de humor negro sobre um anjo relutante e traz mais dois curtas, “Hot dog” e "Bonnaroo Music Festival Trailer”.
Na linha de frente dos curtas estrangeiros há ainda “The Pearce sisters”, produzido pela Aardman e vencedor do Festival de Annecy em 2007, “Como montar um home theater”, da Disney, que marca a volta do Pateta à telona, a premiada animação em 3D francesa “Blind spot” e a ousada “La svedese”, do italiano Nicolas Liguori, que faz um retrato delirante do romance da atriz Ingrid Bergman com o diretor Roberto Rossellini.
Ainda pouco conhecida no Brasil, a animação argentina também ganha lugar de honra na 16ª edição do festival com a exibição de 12 filmes, um bom painel de sua mais nova geração. Entre os longas-metragens que merecem destaque está “Martín Fierro”, que mistura 2D com pintura a óleo para levar o poema gauchesco de José Hérnandez à tela.
A programação completa está no site do festival.
fonte: g1
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