quinta-feira, 1 de abril de 2010

Confira lista dos longas no festival É Tudo Verdade 2010


O festival internacional de documentários É Tudo Verdade anunciou nesta terça-feira (30) sua programação completa de longas, curtas e mostras especiais. A mostra, que acontece de 8 a 18 de abril nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, simultaneamente, reflete em sua 15ª edição uma cada vez mais prolífica produção nacional de documentários. Este ano, são 18 filmes brasileiros inéditos. Na soma final, serão exibidos 71 documentários de 27 países, mais duas mostras que prestam tributo ao francês Alain Cavalier e o brasileiro Benedito J. Duarte.

Além dos dois filmes de abertura que já haviam sido divulgados e que representam um recorte político/cultural do País com Uma Noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil (filme que abre a mostra em São Paulo) e uma perspectiva crítica sobre a intervenção de cientistas e intelectuais europeus e americanos em comunidades indígenas de Segredos da Tribo, de José Padilha, a organização do evento anunciou todos os títulos que entram em competição e os filmes que participam como programação especial.

Entre esses últimos, destaque para Capitalismo: Uma História de Amor, do sempre controverso Michael Moore (Fahrenheit 11 de Setembro) e Difamação, de Yoav Shamir, cineasta do premiado Checkpoint que agora pequisa o sentido e a permanência do conceito de antissemitismo.

Amir Labaki, fundador e diretor do festival, antecipou que, após o fim dessa 15ª mostra, haverá dois anúncios da produção: o primeiro é sobre o projeto da marca do festival seguir exibindo filmes pontuais ao longo do ano e a outra se refere a um projeto de itinerância que deve levar alguns títulos para outras capitais brasileiras.

Confira abaixo a lista completa dos longas nacionais e internacionais:

Competição brasileira de longas e médias:

Arquitetos do Poder, de Vicente Ferraz e Alessandra Aldé (RJ): A evolução das técnicas de propaganda políticas em campanhas eleitorais que vão de Getúlio Vargas e Luiz Inácio Lula da Silva.

O Contestado - Restos Mortais, de Sylvio Back (RJ): Filme resgata a Guerra do Constestado (1912-1916), deflagrada no Paraná e em Santa Catarina por questões de disputas fundiárias.

Eu, o Vinil e o Resto do Mundo, de Lila Rodrigues e Karina Ades (SP): A partir de um campeonato de DJs, cineastas tentam dar um recorte à vida de jovens na periferia de São Paulo.

Fora de Campo, de Adirley Queirós (DF): Uma radiografia dos campeonatos de futebol brasileiros que ficam à margem das séries A e B.
Os Representantes, de Felipe Lacerda (RJ): Tomando um vereador do interior do Amazonas como guia, o filme faz um estudo sobre os métodos de permanência no poder entre políticos nacionais.

Programa Casé - O que a Gente Não Inventa, Não Existe, de Estevão Ciavatta (RJ): Filme conta história de Adhemar Casé, um vendedor de rádio que fez história ao projetar nacionalmente nomes como Noel Rosa, Carmem Miranda e Orlando Silva.

Terra Deu, Terra Come, de Rodrigo Siqueira (MG): Um senhor de 82 anos é mestre de cerimônia de um outro senhor, morto aos 120 anos. Elementos de ficção são usados para criar linhas indistintas entre cinema e vida.

Competição Internacional de Longas

48, de Susana de Sousa Dias (Portugal): o filme acabou de ganhar o Cinéma du Réel, festival de documentários na França, e resgata arquivos da PIDE, a polícia secreta portuguesa que atuou durante a ditadura salazarista.

Adeus, de Ditteke Mensink (Holanda): A vida de Lady Grace, a primeira mulher a cruzar o mundo por via aérea.

Budrus, de Julia Bacha (Estados Unidos): O filme centra suas atenções em um protesto não-violento que aconteceu em 2003 na fronteira entre a Cisjordânia e Israel.

Inimigos do Povo, de Rob Lemkin e Thet Sambath (Reino Unido, Cambodia): Longa segue o jornalista Thet Sambath, cujos pais foram mortos durante o regime do Khmer Vermelho, no Cambodia.

La Danse, o Balé da Ópera de Paris, de Frederick Wiseman (França, Estados Unidos): Os bastidores do balé da Ópera de Paris.

O Deserto da Arte Proibida, de Amanda Pope, Tchavdar Georgiev (Uzbequistão, Rússia, Estados Unidos): A história por trás da montagem de um museu em pleno deserto do Uzbequistão, com peças que eram proibidas pela KGB.

O Homem Mais Perigoso da América: Daniel Ellsberg e os Documentos do Pentágono, de Rick Goldsmith e Judith Ehrlich. Um dos filmes que concorreu ao Oscar de melhor documentário este ano conta a história de um ex-funcionário do Pentágono que, em 1971, vazou para o The New York Times, documentos sobre farsas montadas para que a Guerra do Vietnã acontecesse.

O Jogador, de John Appel (Holanda): O diretor examina o mundo dos jogos e das apostas por trás deles.

Os Pais da Praça de Maio - 10 Caminhos Possíveis, de Joaquín Daglio (Argentina): As mães da Praça de Maio são uma referência internacional quando se fala no período de ditadura militar na Argentina. Esse filme vai atrás dos pais que até hoje lamentam o desaparecimento de seus filhos.

Químio, de Pawel Lozinski (Polônia): O filme traz o cotidiano de pacientes que são tratados com quimioterapia.

Roubados, de Dan Fallshaw e Violeta Ayala (Austrália): Quando tentam realizar um filme sobre famílias dispersas pela guerra, as duas cineastas deste filme são colocadas repentinamente no centro de um turbilhão.

Viver com o Homicídio, de John Kastner (Canadá): O filme tem como protagonista um jovem que foi preso depois de ter assassinado sua irmã, de 18 anos.

fonte: terra cinema

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