A Retomada do cinema brasileiro, período em que a produção nacional se recuperou e soprou bons ventos, vai sentar na primeira fila da terceira edição do Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF), que acontece de 27 de abril a 2 de maio, na cidade-motor do cinema mundial.
O festival, que se solidifica a cada ano jogando luz na nossa indústria, celebra o marco apresentando 60 filmes emblemáticos, entre eles Carlota Joaquina - Princesa do Brazil, considerado o primeiro tijolo daquela época; Terra estrangeira; Cidade de Deus; e Lavoura arcaica. A Mostra-tributo é aguardada com ansiedade pelos americanos.
“São filmes simbólicos, ícones da Retomada que todo mundo conhece, identifica seus realizadores. É uma marca para o país”, diz o jornalista Nazareno Paulo, que, com a produtora Meire Fernandes, criou o evento em 2007, atraindo aproximadamente 12 mil pessoas exibindo 114 filmes entre longas e curtas e promovendo a estreia de 40 longas nos Estados Unidos.
Presidente do Júri da Mostra Competitiva do LABRFF, que reúne obras como Cabeça a prêmio, Salve geral, Histórias de amor duram apenas 90 minutos, Jean Charles, Ouro negro, Elvis e Madonna, Praça Saens Pena, Estranhos, No meu lugar e Pau Brasil, o cineasta Fernando Meirelles aplaude a iniciativa, revisitando sua própria história:
“Na década de 80 e parte dos anos 90, o cinema brasileiro praticamente desapareceu”, atesta o cineasta Fernando Meirelles, presidente do júri da mostra competitiva. “Por falta de qualquer apoio à produção, durante este período eram lançados menos do que 10 longas por ano. Na metade dos anos 90, foram criadas leis de incentivo ao cinema e retomou-se assim a produção. Em 2009, foram produzidos perto de 90 filmes brasileiros, e os números continuam crescendo de forma sólida. Mais filmes significa mais qualidade e oportunidade em todas as áreas. Houve uma renovação quase completa de equipes e talentos”.
O Los Angeles Brazilian Film Festival promove o audiovisual brasileiro na Califórnia, estimulando oportunidades de negócios através de painéis que discutem a coprodução de cinema entre Brasil e Estados Unidos, locações, legislação e outros assuntos ligados às atividades do setor.
O festival cria visibilidade e promove a cultura brasileira através do cinema. Para os negócios, o LABRFF vem provando ser mais do que uma opção de mercado. É uma ponte de intercâmbio legítimo entre profissionais da área, e encontros entre roteiristas, diretores e produtores executivos que querem investir em novos projetos de filmagens no Brasil.
fonte: cineplayers
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