
O filme "O ano em que meus pais saíram de férias", de Cao Hamburger, foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema como o melhor filme desta edição do Grande Prêmio Vivo de Cinema, realizada na noite desta terça-feira (15) no Rio de Janeiro.
Escolhido por uma comissão do Ministério da Cultura para concorrer a uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008, o longa acabou perdendo a vaga na última hora. "Tropa de elite", de José Padilha, venceu nove vezes na noite desta terça.
"Que surpresa", exclamou Hamburger ao subir ao palco para receber o troféu de melhor filme. Além do prêmio de melhor filme, "O ano..." também ganhou nas categorias melhor roteiro e direção de arte.
"Não me surpreendeu; o resultado confirmou o que aconteceu na indicação ao Oscar. 'O ano...' é um filme sensacional, e 'Tropa' é acima de tudo um fenômeno midiático e popular", disse Marcos Prado, produtor de "Tropa".
"Tropa", por sua vez, ficou com os prêmio de: direção, ator (Wagner Moura), efeitos especiais, montagem, som, melhor filme pelo voto popular, direção de foto, maquiagem e ator coadjuvante (Milhem Cortaz).
Competiram nas 23 categorias do troféu filmes lançados comercialmente entre 1º de julho de 2006 e 31 de dezembro de 2007.
O diretor José Padilha não compareceu à cerimônia, realizada no Vivo Rio. No palco, o produtor Marcos Prado afirmou que ele teve de ficar "em casa, provavelmente com dengue" - mais tarde, Prado disse ao G1 que falou com o diretor por telefone para comunicar sobre a vitória e teria ouvido de Padilha que a doença não é dengue.
Apesar da ausência, no entanto, o diretor foi homenageado por boa parte do elenco, inclusive Wagner Moura, que o chamou de "corajoso" por realizar um longa como "Tropa".
O prêmio de melhor atriz foi entregue à pernambucana Hermila Guedes, de "O céu de Suely". Como melhor atriz coadjuvante foi escolhida Silvia Lourenço, de "O cheiro do ralo", longa que também venceu na categoria melhor roteiro adaptado.
Na categoria documentário, o vencedor foi "Santiago", de João Moreira Salles. A animação "Wood & Stock", baseada nos personagens de Angeli, estreou com vitória na recém-criada categoria do prêmio.
Renato Aragão recebeu uma homenagem por sua carreira no cinema. Emocionado, o humorista disse: "Apanhei muito da crítica, mas valeu a pena. Quanto mais eles me batiam, mais a bilheteria subia" e dedicou aos três companheiros de Os Trapalhões, Dedé, Mussum e Zacarias.
Confira abaixo todos os premiados:
Melhor longa-metragem de ficção:
“O Ano que meus pais saíram de férias”, de Cao Hamburguer
Melhor longa-metragem de documentário:
“Santiago”, de João Moreira Salles
Melhor direção:
José Padilha
“Tropa de elite”
Melhor atriz:
Hermila Guedes, como Hermila/Suely
“O céu de Suely”
Melhor ator:
Wagner Moura, como Capitão Nascimento
“Tropa de Elite”
Melhor atriz coadjuvante:
Silvia Lourenço, como viciada
“O cheiro do ralo”
Melhor ator coadjuvante:
Milhem Cortaz, como Capitão Fábio
“Tropa de elite”
Melhor direção de fotografia:
Lula Carvalho
“Tropa de elite”
Melhor direção de arte:
Cássio Amarante
“O ano que meus pais saíram de férias”
Melhor figurino:
Kika Lopes
“Zuzu Angel”
Melhor maquiagem:
Martin Macias Trujillo
“Tropa de elite”
Melhor roteiro original:
Cláudio Galperin, Cao Hamburguer, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert.
“O ano que meus pais saíram de férias”
Melhor roteiro adaptado:
Heitor Dhalia e Marçal Aquino
“O cheiro do ralo”
Melhor montagem de ficção:
Daniel Rezende
“Tropa de elite”
Melhor montagem de documentário:
Eduardo Escorel e Lívia Serpa
“Santiago”
Melhor trilha sonora:
Cartola
“Cartola, música para os olhos”
Melhor som:
Leandro Lima, Alessandro Laroca e Armando Torres Jr.
“Tropa de elite”
Melhor efeito especial:
Phil Neilson e Bruno Van Zeebroeck
“Tropa de elite”
Melhor longa-metragem estrangeiro:
“A vida dos outros” (Alemanha) Dirigido por Florian Henckel Von Donnersmarck
Melhor longa-metragem de animação:
“Wood e Stock, sexo orégano e rock’n’roll”, de Otto Guerra
Melhor curta-metragem de ficção:
“Beijo de sal”, de Fellipe Barbosa
Melhor curta-metragem de documentário:
“A cidade e o poeta”, de Luelane Corrêa
Melhor curta-metragem de animação:
“Vida Maria”, de Márcio Ramos
Melhor filme feito para celular:
“Putz” de Everton de Oliveira Lima
Melhor longa-metragem de ficção nacional segundo voto polular:
“Tropa de elite”, de José Padilha
Melhor longa-metragem estrangeiro segundo voto popular:
“Pequena Miss Sunshine” (Estados Unidos) Dirigido por J Dayton e V. Farias
Personalidade do Cinema Brasileiro
Renato Aragão
fonte: globo.com
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