quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mostra de curtas e médias-metragens em Coimbra tem 11 filmes brasileiros


A Mostralíngua 2008 - Festival Internacional de Cinema em Língua Portuguesa, em acontece em Coimbra e tem por objetivo mostrar uma produção cinematográfica jovem e com uma narrativa fílmica atraente, segundo a diretora do evento, terá 11 produções do Brasil.

O festival, que se realiza de quinta-feira (20) a sábado (22), terá 23 filmes em competição e mais três fora do concurso, todos eles provenientes de quatro países de língua portuguesa, com predominância do Brasil e Portugal (10).

A mostra reúne curtas e médias-metragens de ficção e documentais, incluindo algumas de animação, produzidas em 2007 e 2008. Por enquanto, a Mostralíngua não tem longa-metragens, em virtude de a estrutura do festival, em tempo de duração, não as comportar, e pelos custos de exibição, disse à Agência Lusa a diretora do festival, a brasileira Tathiani Sacilotto.

Sacilloto, que se dedica à produção em Portugal, disse que o festival pretende mostrar uma filmografia atraente, com novas linguagens, e que possa despertar prazer no público.

"Comecei a ver filmes e era uma chatice. Eram filmes chatos, com que o público não se identificava. Eram filmes de autor para autor", afirmou, ao reportar-se à estratégia diferente deste festival, que aposta também num espaço alternativo - o Museu da Água de Coimbra - para suas apresentações.

As exibições que concorrem ao festival começam na noite de quinta-feira (20) com a exibição de uma curta-metragem portuguesa da autoria de Júlio Alves - "Ossudo". Trata-se de uma história fantástica, e alegórica de uma realidade de todos os dias.

O último filme em competição a ser exibido é uma curta-metragem de 33 minutos intitulada "Azeitona", produzida na Universidade da Beira Interior. Trata-se da história de uma "caloura" de cinema que se envolve com um professor que vai impor à turma a realização de um documentário sobre Manoel de Oliveira.

Do Brasil, são apresentadas, entre outras, as obras "Espalahadas pelo Ar", de Vera Egito, "Relicário", de Rafael Gomes, "Perto de Qualquer Lugar", de Mariana Bastos, e "Identidade em Trânsito", de Daniele Ellery e Marcio Câmara.

De Portugal, apresentam-se a concurso "Corações de Plástico", de Sérgio Brás D'Almeida, "Da Vida das Bonecas", de Neni Glock, "Ossudo", de Júlio Alves, "Uma História Fugaz", de Miguel Vasconcelos, "Aleluia", de Fábio Ribeiro, "Azeitona", de Ana Almeida, Humberto Rocha, João Gazua e Luís Campos, "Acesso Reservado", de Pedro Lemos e Gustavo Ribeiro, "A Morte de Tchaikovsky", de Nuno Félix, "Boys For The Jobs", de Luís Ismael, e "Corrida de Cão", de António Conceição.

Em co-produção Portugal/Angola concorrem "Kuduro, fogo no Museke", de Jorge António, e "É Dreda ser Angolano", de Fazuma.

Extra-concurso são exibidos os documentários "Mindelo - Atrás do Horizonte", de Alexis Tsafas, sobre aquela cidade cabo-verdiana, e "Adeus, Até Amanhã", de António Escudeiro, em que se confrontam as memórias do diretor e a Angola de hoje.

"Margem Atlântica", uma produção Portugal/França que também não participa da competição, com realização de Ariel de Bigault, é um roteiro cinematográfico e musical de personalidades lisboetas das artes com ligação à África: Mariza, José Eduardo Agualusa, João Afonso, Amélia Muge, Zézé Hurst, Ângelo Torres e Kalaf Ângelo.

A seleção dos filmes para esta segunda edição de Mostralíngua partiu de um conjunto de mais de 200 candidatos.

O festival termina na noite de sábado com a exibição dos filmes premiados. Paralelamente, acontece uma mostra de livro de autores lusófonos e uma animação com DJ.

fonte: Lusa