Começou na noite desta terça-feira (18) o 41° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). No festival, que vai até o dia 25 de novembro, 52 filmes selecionados para a mostra competitiva disputam o Troféu Candango: seis longas e 12 curtas e médias-metragens em 35 milímetros e 34 filmes em 16 milímetros.
Além da mostra competitiva, acontecem outras exibições paralelas. Filmes serão exibidos inclusive em estações de metrô de Brasília.
Na cerimônia de abertura deste ano, que aconteceu no Teatro Nacional, foi exibida uma cópia restaurada do filme “São Bernardo”, de Leon Hirszman, de 1972. O diretor, morto em 1987, teve um filme -“A Falecida”- exibido no primeiro festival.
Com exceção dos filmes de abertura e de encerramento, só podem participar do FBCB obras inéditas. Neste ano, a Secretaria de Cultura do DF estima que 40 mil pessoas participem do festival.
Os filmes da mostra competitiva de 35 milímetros são exibidos no Cine Brasília –fundado em 1960– a preços populares. Nos dias seguintes, as sessões são repetidas em cinemas espalhados pela cidade.
Antes da seleção final, o festival recebeu 238 inscrições, sendo 28 longas e 129 curtas em 35mm e 81 filmes em 16mm.
Os cineastas premiados recebem valores em dinheiro e equipamentos. Serão distribuídos R$ 410 mil aos vencedores no total, sendo R$ 190 mil para longas-metragens em 35mm; R$ 55 mil para curtas ou médias-metragens em 35mm e R$ 50 mil para os curtas e médias realizados em 16mm. Somam-se a isso R$ 30 mil para o melhor longa-metragem e R$ 20 mil para o melhor curta ou média-metragem, escolhidos pelo júri popular
O primeiro festival –ainda chamado de Semana do Cinema Brasileiro– aconteceu em 1965, quando “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Roberto Santos, foi premiado como melhor filme. Leonardo Villar levou o prêmio de melhor ator, Fernanda Montenegro foi premiada como melhor atriz e “O Circo”, de Arnaldo Jabor, foi escolhido como melhor média-metragem.
Em 2007, o filme “Cleópatra”, de Júlio Bressane, foi escolhido como melhor filme pelo júri oficial. “Chega de Saudade”, de Laís Bodansky, ganhou no júri popular.
O festival é conhecido pela reação instantânea do público aos filmes. Bressane, que já teve outros filmes premiados no FBCB, foi vaiado na hora que recebeu o prêmio por “Cleópatra”. A escolha de Alessandra Negrini como melhor atriz, pelo mesmo filme, também não agradou a platéia: na mesma cerimônia, ela foi vaiada quando seu nome foi anunciado.
Veja os longas de 35 mm que competem neste ano:
À Margem do Lixo – Evaldo Mocarzel (SP)
FilmeFobia – Kiko Goifman (SP)
Ñande Guarani (Nós Guarani) – André Luís da Cunha (DF)
O Milagre de Santa Luzia – Sergio Roizenblit (SP)
Siri-Ará – Rosemberg Cury (CE)
Tudo Isto Me Parece Um Sonho – Geraldo Sarno (RJ)
fonte: g1
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