terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mostra reúne primeiro filme de 18 cineastas


O cinema, como todas as artes, é cercada de lendas, histórias e afirmações absolutas. Uma delas é que o primeiro filme de um diretor invariavelmente é inferior ao restante da obra.

A mostra O Primeiro Filme, que começou nesta terça-feira (17/2) no Centro Cultural São Paulo, vem mostrar não é bem assim. Tanto que o espaço, que selecionou apenas filmes nacionais e vai exibi-los de graça, escolheu produções que marcaram a carreira dos diretores.

Um exemplo é Cláudio Assis e seu Amarelo Manga (2002). Pouquíssimos filmes tiveram a capacidade de se voltar ao seu habitat e investigar, com humor negro e muita ironia, a identidade desse mesmo local. E a Recife que ele apresenta é formada por anti-heróis que passam longe dos cartões postais.

No mesmo pacote "Pernambuco às avessas" está Baile Perfumado (1996), que surpreendeu Brasília com um retrato pouco convencional do sertão e um de seus personagens mais famosos, o cangaceiro Lampião.

Caso um pouco diferente é Maurice Capovilla, que estreou no longa com Bebel, a Garota Propaganda. A carreira do diretor se desenhou interessante não apenas no primeiro filme, mas principalmente na produção A Dama do Lotação, com uma Sônia Braga pulsando em sedução. Outro exemplo de diretor que ficou marcado já no primeiro longa, mas cuja carreira continuou com resultados interessantes, foi Andrea Tonacci e seu Bang Bang, uma influência constante nos cineastas brasileiros.

Não podemos deixar de citar Paulo César Saraceni e Porto das Caixas (1963), além dos ultra-políticos Negação do Brasil (2000), de Joel Zito Araújo, e O Prisioneiro da Grade de Ferro (2003), de Paulo Sacramento - por sinal, montador de Amarelo Manga.

Confira a programação completa:

Dia 17/2 (terça-feira)

16h - Porto das Caixas (1963), de Paulo César Saraceni
18h - Bebel, a Garota Propaganda (1967), de Maurice Capovilla
20h - Metorango Kid, o Herói Intergalático (1969), de André Luís Oliveira

Dia 18/2 (quarta-feira):
16h - Negação do Brasil (2000), de Joel Zito Araújo
18h - Samba Riachão (2001), de Jorge Alfredo
20h - O Prisioneiro da Grade de Ferro (2003), de Paulo Sacramento

Dia 19/2 (quinta-feira)
16h - Bang Bang (1970), de Andréa Tonacci
18h - Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna
20h - A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral

Dia 20/2 (sexta-feira)
16h - Bete Balanço (1984), de Lael Rodrigues
18h - Durval Discos (2002), de Anna Muylaert
20h - Houve uma Vez Dois Verões (2002), de Jorge Furtado

Dia 21/2 (sábado)
16h - O Cineasta da Selva (1997), de Aurélio Michilles
18h - Por Trás do Pano (1999), de Luiz Villaça
20h - Cafuné (2006), de Bruno Vianna

Dia 22/2 (domingo)
16h - São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person
18h - Baile Perfumado (1996), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira
20h - Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis


fonte: cineclik

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