quarta-feira, 6 de maio de 2009

Filma Brasil abre concurso de roteiros

O portal Filma Brasil, que acaba de entrar no ar, abriu inscrições para um concurso de roteiros que premiará os vencedores com R$ 70 mil e 40 mil, para a produção de um média e de um curta-metragem respectivamente.

Além do roteiro, os participantes devem enviar um preview em vídeo para participar do concurso. Os vencedores serão selecionados conjuntamente por uma comissão de jurados e pelo voto do público, através da internet. O tema do concurso é “qualidade de vida”.

Regulamento no site www.filmabrasil.com.

fonte: filme B

Um comentário:

Cineclube Lumiar disse...

O que chama a atenção para as regras do edital são o seu alto valor como projeto cultural aprovado junto ao MinC (Pronac 075579), R$ 456.060,00, para criar um edital de produção cinematográfica que contemplará dois projetos, um de curta-metragem e outra de média-metragem, com os valores respectivos de R$ 40.000,00 e R$ 70.000,00. Ou seja, o Ministério da Cultura aprovou um projeto cultural que realiza uma atividade que deveria ser de sua exclusiva competência: editais de fomento à produção, e ainda com uma destinação de verba muito esquisita, para dizer o mínimo.

Apenas R$ 110.000,00 dos R$ 456.060,00 previstos - aprovados pelo MinC - destinam-se à produção dos filmes. Os 3/4 restantes do orçamento serão (ou já foram) utilizados simplesmente para despesas de produção da própria empresa organizadora do edital. É um descalabro. Terceiriza-se uma função que deveria ser exclusiva do MinC (ao menos com utilização de dinheiro público) para contemplar um projeto que gasta mais dinheiro (três vezes mais!!!) para organizar um edital de produção do que para a produção dos filmes em si.

E mais: qualquer pessoa minimamente envolvida com produção cinematográfica sabe que é praticamente impossível produzir um filme de curta-metragem com cópia final em película 35mm com o valor de R$ 40.000,00. Somente os custos laboratoriais vão exigir mais da metade desse valor. Certamente não se pagará a nenhum profissional e todos trabalharão simplesmente de graça, o que é uma situação frontalmente contrária ao propósito de se estimular o mercado cinematográfico brasileiro.

Em tempos de discussão sobre alteração da Lei Rouanet, que Ministério da Cultura é esse que permite um absurdo desse tipo?