quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Confira os destaques do 13ª dia da Mostra Internacional de Cinema de SP



É Duro Ser Amado Por Cretinos (2008)
(França - 118 min. - Daniel Leconte)

Por ter publicado 12 cartoons dinamarqueses que provocaram a ira do mundo muçulmano, Philippe Val, editor do Charlie Hebdo, um satírico jornal francês, foi intimado pela corte da Grande Mesquita de Paris, da Liga Mundial Muçulmana e União das Organizações Islâmicas da França. Daniel Leconte fez uma extraordinária cobertura do julgamento, em tempo real, tendo como alvo decifrar a política, a ideologia e a comunicação envolvidas no processo. O filme faz um retrato de advogados, testemunhas, imprensa e uma apresentação de teorias de instâncias intelectuais e políticas, apresentando ainda as reações dos promotores dos países muçulmanos... Uma reflexão sobre o Islã na imprensa, na opinião pública da sociedade francesa, mas também um esforço para responder questões que o fundamentalismo propõe às democracias.


Er Dong (2008) - foto
(China - 150 min. - Jin Yang)

No meio das montanhas da China, existe uma grande pedra conhecida como a Pedra do Mercado de Bebês. Gente que se vê forçada a vender seus filhos, principalmente por falta de dinheiro, freqüentemente espera os compradores neste local. É inverno e ainda neva em fevereiro. Depois de passar pela Pedra do Mercado de Bebês ao voltar do trabalho, Silang Yang chega em casa com um bebê. Ele chama o menino de “Er Dong”. Pouco tempo depois, Silang Yang morre e sua viúva cria Er Dong sozinha. O menino cresce obstinado. Quanto mais sua mãe tenta controlá-lo, mais rebelde ele fica. É uma grande dor de cabeça para ela, pois anda armado, mete-se em brigas e dirige uma moto. Ela o manda a uma escola missionária cristã, da qual ele foge com uma garota chamada Chang’e Yang. A partir daí, Er Dong descobre como a vida pode ser dura. Quando a moça fica grávida, ele é forçado a voltar para casa e se casar. Com as responsabilidades pesando em seus ombros, começa a refletir sobre a vida. Entretanto, a industrialização está se desenvolvendo rapidamente no interior do país e Er Dong descobre que vai ser cada vez mais difícil ele mudar as coisas.


Eu Quero Ver (2008)
(França, Libano - 75 min. - Khalil Joreige, Joana Hadjithomas)

Julho de 2006, Israel inicia uma guerra no sul do Líbano em resposta aos ataques de foguete e da captura de dois soldados israelitas pelo Hezbollah. Poucos meses depois, a atriz Catherine Deneuve vai a Beirute para um evento de gala em nome da caridade. Apesar do calendário apertado e da perigosa viagem, ela decide visitar o sul do Líbano. Guiada pelo ator libanês Rabih Mroué, percorrem zonas afetadas pela guerra em uma aventura imprevisível. Essa imersão da atriz permitirá que a beleza da área seja capturada? Os olhos libaneses serão capazes de acompanhar esta viagem?


Nuvem 9 (2008)
(Alemanha - 98 min. - Andreas Dresen)

Ela não pediu por aquilo. Apenas aconteceu. Eles estavam trocando olhares furtivos, sentiam-se atraídos. Mas nunca imaginaram que aconteceria. Inge estava na faixa dos 60 anos de idade. Está casada há 30 anos e ama seu marido. Mas Inge sentia-se atraída por aquele velho homem, Karl, já com 76 anos de idade. Era paixão. Era sexo. E, subitamente, ela sentiu-se como uma jovem garota novamente…


Youssou Ndour: I Bring What I Love (2008)
(EUA - 102 min. - Elizabeth Chai Vasarhelyi)

Uma infusão musical, uma jornada cinematográfica. O poder da voz do homem, capaz de inspirar inúmeras mudanças. Descrito pela revista Rolling Stones como “o cantor com uma voz tão extraordinária, que a história da África parece sintetizar-se nela”, Youssou NDour ligou dois mundos — de estrela pop moderna, artista mais vendido no mercado africano em todos os tempos, ao de contador de histórias. Quando criança, ele seguiu os passos de sua avó e começou a cantar em eventos religiosos. Aos 23 anos, seu nome ganhou fama na Europa e na Ásia. Youssou Ndour: I Bring What I Love é um álbum que convida o Egito a ser mais tolerante ante o islamismo e que ultrapassou o domínio dos venerados cantores tradicionais religiosos. A diretora acompanha NDour por dois anos — na África, Europa e América — para contar a história de como é lidar com esse desafio e ganhar mais fãs em sua terra natal e no exterior.

Acesse o site oficial 32ª Mostra Internacional de Cinema

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